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As Campanhas de Alfabetização e Educação Sanitária ocorreram no verão de 1974, impulsionadas pela Pró-União Nacional dos Estudantes Portugueses (Pró-UNEP), sob o lema “unidade estudantil com o povo trabalhador”.

Cartaz de Campanha de Alfabetização e educação sanitária. 1974. Fonte: BNP. Cartaz de Campanha de Alfabetização e educação sanitária. 1974. Fonte: BNP.
Cartaz do Seminário sobre a Democratização do Ensino. 13 a 17 de novembro de 1974. Fonte: BNP. Cartaz do Seminário sobre a Democratização do Ensino. 13 a 17 de novembro de 1974. Fonte: BNP.
Panfleto “Os estudantes ao lado do povo trabalhador na construção dum Portugal livre e democrático”. 1974. Fonte: BNP. Panfleto “Os estudantes ao lado do povo trabalhador na construção dum Portugal livre e democrático”. 1974. Fonte: BNP.

O aumento exponencial do número de alunos candidatos ao ensino superior no ano letivo de 1974-1975 colocou problemas de sobrelotação das universidades, num contexto de profundas mudanças a nível da gestão universitária, na organização curricular e na composição do pessoal docente.

Para dar resposta a este problema surgiu a ideia de criar um Serviço Cívico Estudantil. O Serviço seria assumido pelos estudantes candidatos ao ensino superior, que iriam atuar, sobretudo, nas áreas da alfabetização, da saúde, da segurança social, da dinamização de acções culturais e desportivas, no apoio às atividades escolares e circum-escolares, na realização de atividades agrícolas e em inquéritos à população.

A grande força impulsionadora do Serviço Cívico Estudantil foi o Partido Comunista Português e a sua organização estudantil, a UEC. Por seu lado, as organizações estudantis ligadas à esquerda radical sempre se opuseram ao Serviço Cívico Estudantil, que chegaram a apelidar de “trabalho forçado estudantil”. A falta de empenho por parte das grandes forças partidárias em manter o Serviço Cívico Estudantil levou a que este tivesse uma existência efémera, terminando no ano letivo de 1976-1977.

MFA: Campanha de dinamização cultural. “Muito prazer em conhecer vocelências”. Boletim Informativo das Forças Armadas, nº4. 12 de novembro de 1974. Fonte: João Abel Manta, SPA 2022. CD25A MFA: Campanha de dinamização cultural. “Muito prazer em conhecer vocelências”. Boletim Informativo das Forças Armadas, nº4. 12 de novembro de 1974. Fonte: João Abel Manta, SPA 2022. CD25A
“O Povo está com o MFA” (Dinamização Cultural-Acção Cívica). Cartaz de João Abel Manta, 1975. Fonte: João Abel Manta, SPA 2022. FMSMB. Documentos Ana Coucello “O Povo está com o MFA” (Dinamização Cultural-Acção Cívica). Cartaz de João Abel Manta, 1975. Fonte: João Abel Manta, SPA 2022. FMSMB. Documentos Ana Coucello
Operação Maio-Nordeste (Bragança) - Animação desportiva no Seminários de Vinhais onde, organizada no âmbito das Campanhas de Dinamização Cultural e Acção Cívica do MFA. 1975. Fonte: CD25A Operação Maio-Nordeste (Bragança) - Animação desportiva no Seminários de Vinhais onde, organizada no âmbito das Campanhas de Dinamização Cultural e Acção Cívica do MFA. 1975. Fonte: CD25A

Ensinar a revolução

O Serviço Cívico Estudantil, impulsionado pelos estudantes comunistas, foi uma das estratégias de aproximação entre a elite estudantil das grandes cidades e o “povo”. Polémico, desde a sua criação, este trabalho voluntário dos alunos dedicou particular atenção a campanhas de alfabetização, inquéritos à população e apoio em áreas como a saúde e a segurança social.

#50anos25abril