Entre os locais de deportação estavam a Fortaleza de São João Baptista do Monte Brasil (Ilha Terceira, Angra do Heroísmo, Açores), o Forte Roçadas (Cunene, Angola), a Fortaleza de São Sebastião (Ilha de Moçambique), o Seminário de São Nicolau (em Cabo Verde). Este último viria a ser desmantelado no início da ditadura salazarista.
Também em Timor, foram criadas para este efeito as colónias penais na Ilha de Ataúro, em Aipelo e no enclave de Oe-kussi.
Segundo dados de Luís Farinha, entre 1927 e 1931, os deportados distribuíam-se por São Tomé e Príncipe (29), Guiné-Bissau (46), Angola (456), Cabo Verde (334), Timor (500).
De entre as deportações da Ditadura Militar, destacam-se as do ano de 1931, na sequência do esmagamento da chamada «Revolta da Madeira» (2 de abril).
Dominado o levantamento militar, que se estendeu aos Açores, a Lisboa e à Guiné, foram presos e deportados centenas de «reviralhistas», sem julgamento nem culpa formada. Estima-se que só para Cabo Verde terão ido cerca de quatro centenas de revoltosos, entre os quais o general Sousa Dias, que aí viria a falecer dois anos depois.
A prisão de São Nicolau, em Cabo Verde, foi instalada no Seminário aí fundado em 1866. Recebeu os deportados envolvidos na Revolta da Madeira.