Apesar de esta opção ter sido também a mais escolhida nos estudos anteriores (52% em 2004 e 59% em 2014), houve um aumento significativo na percentagem de inquiridos que selecionaram este facto.

Contudo, observa-se um aumento gradual da proporção daqueles que consideram que o 25 de Abril teve consequências “tão positivas como negativas”, ideia partilhada atualmente por cerca de um terço dos inquiridos (32% em 2024, 23% em 2004 e 27% em 2014).

Este é um valor mais próximo do identificado em 2004 (55%) do que do registado em 2014 (41%). Por outro lado, a proporção de inquiridos que consideram que as mudanças foram “tão positivas como negativas” (35%) diminuiu face a 2014 (44%). Nos três estudos, apenas cerca de um em cada dez inquiridos considerou que as mudanças foram “mais negativas do que positivas”.

Trata-se de um padrão semelhante ao observado em 2004 (68% e 23%), sendo que, em 2014, a diferença entre os que atribuíam as mudanças ao 25 de Abril (49%) e os que pensavam que as mesmas teriam acontecido de qualquer maneira (35%) era muito menor.

Há uma tendência para que esta opinião seja ligeiramente mais comum hoje do que era há 20 anos.

Metade dos inquiridos consideram que a situação está “na mesma” ou “pior” no que diz respeito às desigualdades sociais e às desigualdades entre regiões. Dois terços dos inquiridos dizem achar que estamos pior agora que antes do 25 de Abril na corrupção (66%) e na criminalidade/segurança (66%).