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“Primaveras Estudantis: da crise de 1962 ao 25 de Abril” chega a Coimbra

 

A exposição “Primaveras Estudantis: da crise de 1962 ao 25 de Abril”, que revisita a cronologia deste movimento de oposição à ditadura do Estado Novo e o seu papel na construção da democracia, está patente em Coimbra, no Convento São Francisco, a partir de dia 10 de dezembro e até 25 de abril de 2023. A entrada é livre.

A exposição “Primaveras Estudantis: da crise de 1962 ao 25 de Abril”, com entrada livre, foi apresentada hoje em conferência de imprensa pela Comissária Executiva da Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril, Maria Inácia Rezola, pelo presidente da Câmara Municipal de Coimbra, José Manuel Silva, pelo diretor do Departamento de Cultura e Turismo da Câmara Municipal de Coimbra, Paulo Pires, e ainda pelo presidente da Direção-Geral da Associação Académica, João Caseiro.


Esta é uma iniciativa da Estrutura de Missão para as Comemorações do Quinquagésimo Aniversário da Revolução de 25 de Abril de 1974, que chega agora a Coimbra através de uma parceria com o Município de Coimbra.

O ano de 1962 ficou marcado por uma transformação da contestação dos estudantes à ditadura. Quando, a 24 de março, Estado Novo proibiu as comemorações do Dia do Estudante e a polícia ocupou a Cidade Universitária, em Lisboa, a resposta à repressão ganhou contornos nunca vistos. Os estudantes enfrentaram o poder e reclamaram liberdades fundamentais, como o direito de expressão e de reunião, plenários, manifestações, greves às aulas, confrontos com a polícia, greves de fome e ocupações.

“Estes acontecimentos abriram caminho a mais de uma década de lutas estudantis que formaram várias gerações de portugueses, criaram uma consciência dissidente e ajudaram a pensar uma nova Universidade e um novo país. Estas ‘Primaveras Estudantis’ formaram as elites culturais, sociais e políticas que tiveram depois um papel central na construção do Portugal democrático. É essa memória que a exposição que agora chega a Coimbra pretende evocar”, afirma Maria Inácia Rezola, Comissária Executiva.

A exposição, coordenada por Álvaro Garrido, professor de História da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, inclui documentos com elevado valor histórico, alguns dos quais inéditos, recolhidos em coleções privadas e arquivos pessoais. Os acontecimentos são recordados através de filmes, entrevistas, textos, fotografias e autocolantes. Criou-se também um mural de homenagem aos estudantes presos e expulsos do país durante a ditadura. O design expositivo é do cenógrafo e museógrafo António Viana.


INFORMAÇÕES ÚTEIS:

CONVENTO SÃO FRANCISCO

DE SÁBADO 10 DEZEMBRO, 2022

ATÉ TERÇA-FEIRA 25 ABRIL, 2023

Avenida da Guarda Inglesa, nº 1A
3040 193 Santa Clara, Coimbra

#50anos25abril