Cabral Ka Mori - Comissão Comemorativa 50 Anos 25 Abril

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Mário Soares foi um protagonista da resistência

Mário Soares foi um protagonista da resistência ao Estado Novo e uma figura central da democracia portuguesa.

Nasceu em Lisboa, a 7 de dezembro de 1924. Licenciou-se em Ciências Histórico-Filosóficas e em Direito. Em 1949, casou-se com Maria de Jesus Barroso.

Envolveu-se na oposição ao regime desde jovem. Em 1943, aderiu ao Movimento de Unidade Nacional Anti-Fascista. Em 1944, ao Partido Comunista Português. Participou ativamente nas candidaturas oposicionistas dos generais Norton de Matos e Humberto Delgado à Presidência da República.

Em abril de 1964, fundou a Ação Socialista Portuguesa. Foi candidato à Assembleia Nacional nas listas da Oposição Democrática, em 1965, e da Comissão Eleitoral de Unidade Democrática, em 1969.

A sua ação enquanto oposicionista levou-o a ser preso 12 vezes. Em 1968, foi deportado para São Tomé e, a partir de 1970, obrigado a exilar-se em França, onde editou “Portugal Amordaçado”, um depoimento sobre os anos do fascismo, proibido em Portugal.

Em 1973, fundou o Partido Socialista (PS), em Bad Münstereifel, na Alemanha. Depois do 25 de Abril de 1974, foi Ministro dos Negócios Estrangeiros (1974-1975), liderando a diplomacia nacional durante o complexo processo de descolonização.
Em 1975, nas primeiras eleições livres, foi eleito deputado à Assembleia Constituinte, na sequência da vitória do PS.

Um ano depois, foi eleito o primeiro Primeiro-Ministro, cargo que ocupou até 1978 e novamente de 1983 a 1985, quando o país enfrentava uma grave crise económica e social. Durante esses anos, lutou pela estabilização do regime democrático, afirmando Portugal como um Estado de Direito, com justiça e liberdade.

Em 1986, tornou-se o primeiro civil eleito Presidente da República após a Revolução. Foi reeleito em 1991. Nesse período, Portugal aderiu à Comunidade Económica Europeia, um passo que Soares considerava essencial para o progresso e estabilidade do país.

Até ao final da vida, assumiu uma ativa intervenção política, social e cultural.

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Há 50 anos, a 6 de dezembro de 1974, reunia-se pe

Há 50 anos, a 6 de dezembro de 1974, reunia-se pela primeira vez a Assembleia do Movimento das Forças Armadas (MFA), com 200 oficiais representantes dos três ramos das Forças Armadas, no Instituto de Altos Estudos da Defesa Nacional, hoje Instituto da Defesa Nacional.

A reunião foi presidida pelo Presidente da República, Francisco da Costa Gomes, contando com a presença do primeiro-ministro, Vasco Gonçalves, do Comandante-adjunto do Comando Operacional do Continente (COPCON), Otelo Saraiva de Carvalho, entre outros.

De acordo com o comunicado do encontro, a Assembleia reafirmou a confiança política no Conselho Superior do MFA (Conselho dos Vinte), tendo tido lugar a discussão de vários tópicos sobre a atualidade política do país, como as condições económicas ou a descolonização.

Constituída por membros eleitos (em colégios restritos) e nomeados (por inerência de funções ou individualmente), a Assembleia do MFA acentua a tendência para a colegialização do poder político-militar já patente na constituição do Conselho dos Vinte e dela decorrente. Concebida como um “parlamento” do MFA, era um órgão de caráter consultivo, que será reestruturado e institucionalizado na sequência do 11 de Março de 1975, passando a integrar 240 elementos.

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Foi há 50 anos. As duas ditaduras ibéricas, nasc

Mário Soares é uma figura ímpar na história co

Mário Soares é uma figura ímpar na história contemporânea portuguesa.
A sua ação cívica e política foi determinante para tornar Portugal um país livre, democrático, desenvolvido, europeu e respeitado no Mundo. Soares foi também um escritor e um homem de cultura atento, ativo e interveniente, colecionador de obras de arte e de livros.

As Comemorações dos 100 anos do seu nascimento (7 de dezembro de 1924) evocam a sua vida e demonstram a atualidade dos valores e das causas que representou e pelos quais se bateu – a liberdade, a convivência, a tolerância, a solidariedade, a modernização, o ambiente e a paz –, projetando o seu legado no futuro, junto das novas gerações.

As Comemorações do Centenário de Mário Soares realizam-se de 5 de dezembro de 2024 até ao final de 2025, enquadrando-se nas Comemorações dos 50 anos do 25 de Abril e ligando-se também aos 100 anos do nascimento de Maria Barroso.

Conheça o programa e participe (link na bio).

As Comemorações dos 50 anos do 25 de Abril decorrem até 2026, porque celebramos 50x2. Comemoramos 50 anos de Liberdade e 50 anos de Democracia. Juntos, evocamos a nossa história recente para construímos uma sociedade mais participativa e democrática, que faça perdurar o legado de Abril.

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