NÃO PODIAS REUNIR - Comissão Comemorativa 50 Anos 25 Abril

#50anos25abril

Há 50 anos, a 16 de dezembro de 1974, era fundada

Há 50 anos, a 16 de dezembro de 1974, era fundada a União Democrática Popular (UDP), como resultado da associação de vários grupos marxistas que haviam rompido com o Partido Comunista Português (PCP) durante a década de 1960. Eram estes os Comités Comunistas Revolucionários (Marxistas-Leninistas) [CCR(M-L)], a Unidade Revolucionária Marxista-Leninista (URML) e o Comité de Apoio à Reconstrução do Partido (Marxista-Leninista) [CARP(M-L)].

O partido surgiu com o objetivo de disputar o período eleitoral que se avizinhava, enquanto se assumia como uma frente política de um futuro partido comunista marxista-leninista.

O seu programa só seria divulgado em janeiro de 1975, e o seu primeiro congresso teria lugar a 9 de março desse ano, no Montijo. Nesse encontro seriam aprovados os estatutos e eleita a Comissão Central do partido.

A UDP conseguiria eleger um deputado para a Assembleia Constituinte, nas eleições de 25 de abril, representação parlamentar que manteria até 1983.

Ao longo dos anos, o partido integrará diferentes coligações partidárias, fazendo parte do conjunto de agrupamentos políticos que no final dos anos 1990 constituirá o Bloco de Esquerda.

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A 3 de agosto de 1968, António de Oliveira Salaza

A 3 de agosto de 1968, António de Oliveira Salazar – desde 1932 presidente do Conselho de Ministros –, de férias no forte de Santo António do Estoril, cai de uma cadeira, batendo violentamente com a cabeça no chão. O choque provoca-lhe um hematoma cerebral do qual o ditador, então com 79 anos, nunca chegará a recuperar plenamente.

A 7 de setembro, Salazar é operado a um hematoma intracraniano, no Hospital da Cruz Vermelha, em Lisboa. Dias depois, um acidente vascular (AVC) no hemisfério cerebral direito agrava o seu estado de saúde.

A 26 de setembro de 1968, o Presidente da República, Américo Tomás, nomeia um substituto de Salazar: Marcelo Caetano, que fora sempre um homem do regime, um monárquico próximo do fascismo nos anos 1920 e 30, ministro em dois momentos (1944-47 e 1955-58).

Salazar é mantido com todas as honras inerentes ao cargo de chefe do Governo. Tem fortes limitações cognitivas, mas o Governo mobiliza-se para que pense que ainda governa: os ministros encenam reuniões do Conselho de Ministros na sua presença e, durante algum tempo, imprime-se um jornal diário falso.

Perante a gravidade do estado de saúde do ditador, o Diário de Lisboa prepara-se: em outubro de 1969, produz uma capa que anuncia a morte de Salazar, mas que nunca chega a sair. Salazar só morreria em julho de 1970, e o jornal faria outra edição para noticiar o facto.

Estas duas capas de jornal estão entre os documentos que podem ser vistos na Exposição “Portugal-Espanha, 50 anos de Democracia”, que aborda as transições ibéricas.

A Exposição está patente até 31 de janeiro de 2025, no Salão de Exposições do Arquivo Nacional Torre do Tombo, em Lisboa, e pode ser visitada entre segunda-feira e sábado, das 9h30 às 19h30.

A entrada é livre.
Venha, e traga outro amigo também.

📷 Cláudia Teixeira | Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril

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Há 50 anos, entre 13 e 15 de dezembro de 1974, o

Há 50 anos, entre 13 e 15 de dezembro de 1974, o Partido Socialista (PS) organizava o seu primeiro congresso na legalidade, seguindo as iniciativas do Partido Comunista Português (PCP) e do Partido Popular Democrático (PPD) nos meses anteriores.

A Aula Magna da Universidade de Lisboa foi o local escolhido para albergar a primeira reunião máxima do partido, que definiu as linhas gerais de estratégia até às eleições para a Assembleia Constituinte.

Perto de um milhar de delegados representavam cerca de 400 secções e mais de 35 mil militantes, recrutados ao longo de inúmeras sessões de esclarecimento promovidas em todo o país.

À Comissão Nacional concorreram duas listas – uma apoiada por Mário Soares, composta pelos nomes mais notáveis do PS e que acabaria por ganhar; outra, de cariz obreirista-populista, com ligações ao setor radical do Movimento das Forças Armadas (MFA), liderada por Manuel Serra. A lista de Serra, que fundara a sua própria tendência no seio do PS (o Movimento Socialista Popular), obteve uma votação expressiva (35% dos votos dos delegados), mas não suficiente vencer essas eleições. Não obstante, Mário Soares conseguiu ser reconduzido na liderança do partido.

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Há 50 anos, a 13 de dezembro de 1974, forças do

Há 50 anos, a 13 de dezembro de 1974, forças do Comando Operacional do Continente (COPCON) prendiam vários empresários portugueses, numa operação motivada por suspeitas de corrupção e sabotagem económica, como informa o Ministério da Comunicação Social (MCS) à época.

As prisões estavam relacionadas com a exportação ilegal de divisas e envolviam o Banco Intercontinental Português (BIP) e a Torralta, mas também o Crédito Predial e a Sociedade Financeira. De acordo com o mesmo comunicado do MCS, as ações tinham ainda por base o incumprimento de compromissos financeiros das empresas e empréstimos feitos à margem do Banco de Portugal, ações tidas como danosas para os interesses do povo português.

Foram presos Jorge Artur Rego de Brito e Eduardo Matos Castro (BIP), Joaquim José de Paiva Correia (BIP e Torralta), Agostinho da Silva, almirante Sarmento Rodrigues e João Maria da Silva Delgado (Torralta). Foram ainda emitidos mandados para João Ruiz de Almeida Garret, António Manuel de Sousa Vieira, Fernando Augusto Pinto Barbosa da Cruz (BIP), José da Silva (Torralta), Francisco Brás de Oliveira (Crédito Predial), João Crisóstomo de Morais (Sociedade Financeira).

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