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Partindo do Acervo do realizador, integralmente depositado em Serralves, e dando continuidade à parceria com o CineLab – IfilNova (Instituto de Filosofia da Universidade Nova de Lisboa), esta exposição procurará contextualizar os filmes realizados por Manoel de Oliveira durante esta fase no âmbito da produção fílmica portuguesa da mesma época. Deste confronto deverão emergir afinidades e divergências, linhas de continuidade e manifestas roturas, que permitirão aprofundar o modo como no cinema de Oliveira a revolução se joga, antes de mais (mas não só) no plano estético.

Optando por filmar em estúdio quando muitos dos realizadores portugueses seus contemporâneos pareciam especialmente determinados em responder à urgência de ir para a rua documentar o processo revolucionário, Oliveira estava em total contracorrente. Não é, por isso, de estranhar que filmes como O Passado e o Presente (1972) e, sobretudo, Benilde ou a Virgem-Mãe (1975) e Amor de Perdição (1978) tenham sido tão mal recebidos pela crítica quanto incompreendidos pela generalidade do público nacional, independentemente de gostos ou quadrantes políticos, apesar desses mesmos filmes constituírem um lúcido retrato das contradições que marcam a sociedade portuguesa de então.

A exposição será acompanhada pela segunda parte do ciclo Manoel de Oliveira e o Cinema Português, uma programação que propõe uma panorâmica pelo cinema português deste período, bem como pela edição do segundo volume do catálogo.

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