O Município de Castelo de Vide, terra de origem de Fernando Salgueiro Maia, celebrou esta segunda-feira, dia 1 de julho, os 80 anos do Capitão de Abril. A evocação reuniu várias gerações e incluiu, nomeadamente, o lançamento de balões biodegradáveis, um ciclo de conferências, a inauguração de exposições, discursos de homenagem ao militar e um concerto. […]
Fernando Salgueiro Maia começou a ser uma personagem histórica em 25 de Abril de 1974, mas existia antes. O seu passado, a sua formação enquanto homem e enquanto militar, dotaram-no das qualidades que fizeram dele o jovem capitão que, aos 29 anos, os oficiais da Escola Prática de Cavalaria (EPC), a sua unidade, escolheram para comandar a coluna que saiu de Santarém para Lisboa com a missão de conquistar os mais importantes objetivos da operação «Fim de Regime». Não só correspondeu à confiança dos seus camaradas, como se agigantou ao conduzir, além de uma ação de dignidade patriótica de derrubar a mais antiga ditadura europeia e findar a mais longa Guerra Colonial, um dos mais extraordinários feitos de armas realizados por qualquer militar português.
No dia 17 de abril de 1974, Otelo Saraiva de Carvalho entregou-lhe a missão operacional da EPC. Na noite do dia 23, Maia recebeu das mãos dos capitães Candeias Valente e António Torres a ordem de operações que o levaria a marchar para Lisboa.
Na manhã de 25 de Abril de 1974, no Terreiro do Paço e na avenida da Ribeira das Naus, Salgueiro Maia ultrapassou com coragem, senso e determinação as ameaças das forças do governo comandadas pelo descontrolado brigadeiro Reis, evitando o confronto direto, causador de baixas que ensanguentariam a instauração do regime democrático.
A seguir, no largo do Carmo, Salgueiro Maia demonstrou uma maturidade invulgar quer no plano estritamente operacional, quer na perceção do que estava politicamente em jogo diante do quartel da GNR, onde se haviam refugiado o chefe do governo e alguns dos seus ministros. Os militares profissionais que defendiam o quartel, por muito pouca vontade que tivessem de morrer por uma causa perdida, podiam, num ato de desespero, vender caro a pele. Salgueiro Maia conseguiu manter o controlo de uma situação que se foi progressivamente complicando com a chegada de uma multidão desejosa de ver cair o regime. Tinha a consciência de que o arrastar do cerco ao longo do tempo constituía um perigo, ao possibilitar a reorganização de forças adversárias, deixando-o à mercê de um contra-ataque. Mas, apesar das notícias, por vezes contraditórias, que lhe chegaram ao longo das horas, preferiu correr o risco de parlamentar, de negociar, de se expor, em vez de precipitar uma resolução através de um ataque. Provocou a decisão dos acontecimentos com serenidade, firmeza, medindo as consequências de cada passo. Recebeu a rendição de Marcelo Caetano, testemunhou a passagem de poder deste para o general Spínola e garantiu a segurança dos vencidos, tratando-os com exemplar e. A sua magnanimidade e o respeito que revelou serão as primeiras e mais fortes imagens transmitidas aos portugueses e ao mundo pelos jovens militares.
As suas origens e o desenrolar da vida ajudam a entender como Salgueiro Maia construiu a personalidade simultaneamente única e representativa da geração de militares que cortaram o «nó górdio» que ameaçava sufocar Portugal. Um nó armado por uma ditadura que impedia os portugueses de se expressarem e intervirem na definição do seu futuro, de encontrarem soluções para a relação com as colónias em África, para a guerra que ali se travava, a que a incapacidade de aceitar alternativas conduzira e para o futuro papel que Portugal devia desempenhar no concerto das nações democráticas na Europa e no Mundo.
Em 25 de Abril de 1974, Salgueiro Maia levou a cabo e venceu a mais decisiva ação militar realizada pelas forças armadas portuguesas sem causar um morto, sem provocar o combate, respeitando os vencidos. Salgueiro Maia fez tudo para evitar um acto iniciador de violência que justificasse a futura repressão. Para ele os meios não justificavam os fins. Revelou o que Sun Tzu classificava como a grande qualidade dos chefes: vencer o inimigo sem batalha, com o mínimo de perdas e de esforços. Qualidades que não foram reveladas por mais nenhum dos militares envolvidos nos confrontos que ocorreriam nos tempos seguintes: as forças saídas de Tancos à ordem de Spínola, em 11 de Março de 1975, causaram mortos no Ralis, assim como os comandos de Jaime Neves, no 25 de Novembro, na Calçada da Ajuda.
A profissão do pai, ferroviário, levou-o a percorrer vários ambientes físicos e sociais durante a infância e adolescência. Desde Coruche, passando por Tomar, por Pombal e por Leiria conheceu o mundo do povo e das gentes do Portugal do seu tempo. A orfandade, o facto de ser filho único, a ida para a Academia Militar, a escolha da Cavalaria como “arma”, com os seus valores simbólicos; a mobilização para Moçambique, em 1968, como alferes e a colocação, a seu pedido, numa unidade de “comandos”, também com os seus códigos e exigências, dotaram-no da capacidade de conviver com a solidão, de decidir de acordo com princípios e tiveram uma primeira conjugação no modo como desempenhou as funções de comandante da Companhia de Cavalaria 3240, com o premonitório e provocatório nome de código de “Os Progressistas”, durante a segunda comissão, cumprida na Guiné de 1971 a 1973.
A Guiné, o pequeno território onde se desenrolou a mais intensa ação política e militar da Guerra Colonial, será o “grande berço” do 25 de Abril, por onde passaram a maioria dos militares que nele iriam desempenhar papéis decisivos. Salgueiro Maia teve muito cedo a noção da natureza política da Guerra Colonial e essa será a razão que o incentiva a matricular-se no Instituto Superior de Ciências Sociais e Política Ultramarina (ISCSPU) em 1969. Era tenente, tinha 25 anos, queria perceber a razão do que fazia e do que, como militar, iria levar os homens que comandaria a fazer.
O seu percurso militar foi semelhante ao dos oficiais da sua geração, mas será marcado pela participação numa das operações mais difíceis da guerra na Guiné, já na fase final, no mês de maio de 1973, uma experiência que registaria em textos reunidos num livro póstumo . O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), numa contra-ofensiva de reparação de danos internos e de demonstração de força após o assassínio de Amílcar Cabral, desencadeou um ataque coordenado a guarnições portuguesas no Norte e no Sul, um conjunto de ações que a história militar regista como o «Inferno dos três Gs», de Guidaje, Guileje e Gadamael.
A companhia de cavalaria 3240, já em Bissau a aguardar embarque para o regresso a Portugal, finda a comissão, com as armas e os equipamentos entregues, recebeu a missão de fazer uma escolta de reabastecimento e socorro à guarnição de Guidaje, cercada pelo PAIGC. As forças portuguesas haviam sofrido elevadas baixas em sucessivas tentativas, sem conseguirem alcançar essa posição. Salgueiro Maia fez então face a duas circunstâncias dificílimas de ultrapassar: a de voltar a mobilizar os seus homens para uma perigosa missão de combate, quando já julgavam cumprido o seu dever e a de os conduzir pelo mortífero campo de batalha em que se transformara a zona entre Farim, Binta e Guidaje até alcançar esta última posição junto à fronteira com o Senegal. Um feito só ao alcance de um homem com extraordinárias qualidades de chefia, de se fazer respeitar, de inspirar confiança. De um chefe carismático.
Mensagem de Natal de Salgueiro Maia em 1971, transmitida pela RTP em conjunto com as de outros soldados em cumprimento de serviço militar na Base Aérea de Bissau, e no regimento de cavalaria em Bula. RTP Arquivos (vídeo completo)
As personalidades carismáticas, e Salgueiro Maia era uma personalidade carismática, contêm “capital de energia” que as leva a agir e a ser determinantes em dados momentos, a arrastarem outras vontades para realizarem o que parece impossível com a força comum, mas também a intervirem através do prestígio, que lhes permite intervir quase sem necessidade de atuar diretamente. Foi o que aconteceu com Salgueiro Maia em dois momentos fulcrais do período de abril de 1974 a abril de 1976: o 11 de Março e o 25 de Novembro de 1975.
Nestas duas datas que marcaram e definiram o rumo do processo político pós-25 de Abril de 1974, Fernando Salgueiro Maia foi decisivo mais pelo que não fez explicitamente do que pela intervenção direta.
Em primeiro lugar, no 11 de Março, na desmontagem da aventura em que o general António de Spínola surge como bandeira. Para conseguirem o envolvimento do general, os rostos visíveis dos organizadores do golpe (conviria saber quem esteve por detrás dele e o que pretendiam os seus mentores) haviam-no convencido da adesão de Salgueiro Maia, o que revela a importância do jovem capitão, dado que quer o comandante, quer o 2.º comandante da sua unidade, a EPC, eram oficiais de grande prestígio, muito próximos do antigo governador e comandante-chefe da Guiné, mas não levavam atrás de si os militares para uma ação política. A ida de Salgueiro Maia, com o 2.º comandante, tenente-coronel Ricardo Durão, a Tancos e a qualificação de cowboyada que atribuem à ação em que o ex Presidente da República se envolveu condenam a tentativa contra-revolucionária ao fracasso. Bastou, neste caso, a Salgueiro Maia não agir.
No 25 de Novembro de 1975, apesar de ter sido um dos subscritores do «Documento dos Nove», no Verão desse ano, (8 de agosto de 1975) e de ter participado na “reunião nas Laranjeiras” (15 de novembro de 1975) entre o Grupo dos Nove e o Grupo Militar que traçou as linhas mestras de um golpe militar, declarou-se sempre integrado na cadeia de comando.
Na data da ação militar, às ordens do general Costa Gomes, Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas e Presidente da República, desceu lentamente de Santarém a Lisboa, numa atitude de expetativa. Participou nas operações desencadeadas naquela data de forma muito cautelosa e prudente. Só às 10 horas do dia 26 as suas forças entraram no Depósito Militar de Beirolas, zona oriental de Lisboa. Manteve-se como um contrapeso às forças militares e civis reunidas à volta do Regimento de Comandos, que agiram com um elevado grau de autonomia, parecendo ter objetivos próprios, para além daqueles que tinham sido declarados pelo general Costa Gomes.
De modo oposto ao que acontecera durante o cerco de Salgueiro Maia ao quartel do Carmo, no 25 de Abril, Jaime Neves e os seus “comandos” tomam a iniciativa de atacar o quartel do Regimento de Lanceiros, na Ajuda, provocando mortos e feridos. Entretanto, Salgueiro Maia, com o seu prestígio, evitava confrontos na zona oriental de Lisboa, onde se situavam os depósitos militares de Beirolas e o RALIS.
A confiança ganha junto dos seus camaradas e dos portugueses em geral, quer pelo papel que desempenhou no 25 de Abril, quer pelas atitudes de sensatez e de respeito pela democracia que revelou ao longo do período que ficou conhecido como o «Verão Quente», permitem ver nele um garante de que o 25 de Novembro não seria a “vingança” contra o 25 de Abril e a oportunidade de instaurar um regime militar através de um putsch. É, provavelmente, o facto de Salgueiro Maia estar com as suas tropas em Lisboa, mas não no centro, a sua posição de reserva, que permite a Ernesto Melo Antunes fazer as afirmações (e suportá-las) de que o regime continuaria a ser democrático e com todos os partidos que existiam, incluindo o Partido Comunista.
É ele que, quase isolado do comando da Escola Prática de Cavalaria, agora muito mais próximo dos objetivos políticos das forças por detrás dos “comandos” de Jaime Neves e de parte do “grupo militar” do 25 de Novembro, assegura a liberdade política do núcleo genuinamente democrático do Grupo dos Nove e que irá possibilitar a continuação do processo de implantação de uma democracia em Portugal. Irá pagar caro e duramente as suas atitudes de penhor da liberdade.
A “normalização”, com a publicitada norma de “retorno dos militares aos quartéis” só lhe permitirá continuar na Escola Prática de Cavalaria e à frente de uma unidade operacional até 15 de novembro de 1976, data em que foi transferido para funções burocráticas na Direção da Arma de Cavalaria, em Lisboa. Ele era, para a opinião pública e para os seus camaradas, o indiscutível número um da sua unidade, possuía uma legitimidade moral e ética que incomodava a ordem militar conservadora, que voltava a impor-se como paradigma. Também nesta fase o que sucedeu a Salgueiro Maia é revelador do fluxo que seguiu a história de Portugal.
Na realidade “o retorno dos militares aos quartéis” significou a colocação nas unidades militares dos quadros politicamente mais adequados e convenientes aos políticos vencedores do 25 de Novembro e o afastamento delas dos que, pelo prestígio militar e empenhamento na transformação das estruturas da sociedade portuguesa, se tornaram incómodos ao novo regime.
Em março de 1977 (10) será transferido, à margem das normas de colocação de oficiais, de Lisboa para Ponta Delgada (chefe da 3.ª repartição do Quartel-general da Zona Militar dos Açores), onde encontrará o tenente-coronel Costa Ferreira, o oficial que assumira o comando da Escola Prática de Cavalaria em 25 de Abril de 1974, também afastado da sua unidade.
Regressará a Lisboa em dezembro de 1977 (21), sendo colocado de novo em funções burocráticas na Direção da Arma de Cavalaria. Aproveitará o muito tempo livre para terminar a licenciatura em Ciências Políticas e Sociais no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (13 de setembro de 1979) onde se matriculara a primeira vez no longínquo ano de 1969. Obterá ainda uma licenciatura em Ciências Antropológicas e Etnológicas, também pelo ISCSP (31 de julho de 1980) e dedicar-se-á à investigação histórico-militar, com brilho também nesta área. É a ele que se deve a muito pouco publicitada descoberta de que os conhecidos “Mourões” ou “Murões” de pedra do Rossio ao Sul do Tejo (Abrantes), classificados como de “interesse público” e julgados durante anos vestígios de uma ponte romana, faziam afinal parte de uma ponte, mas de barcas, e haviam sido construídos em 1832 pela engenharia militar portuguesa.
Durante o período iniciado do 25 de Abril de 1974 até à normalização política com a estabilização do regime de democracia parlamentar, Salgueiro Maia constituiu uma referência, criando à sua volta uma aura de independência que fez com que muitos dos seus camaradas de várias orientações ou opções políticas e ideológicas, em diversas circunstâncias procurassem o seu conselho ou aguardassem pela sua posição. O facto de ele “estar”, de o “Maia estar”, servia como garantia de fidelidade ao que, embora nunca tivesse sido (nem pudesse ser) rigorosamente definido, foi sendo assumido como “o espírito do 25 de Abril”.
Fernando Salgueiro Maia é a figura que mais consensualmente personifica esse espírito da geração de militares que derrubaram a ditadura, acabaram com a Guerra Colonial e criaram condições para a existência em Portugal de um regime democrático e socialmente justo sem procurarem outras benesses pessoais que não fossem o da boa consciência do dever cumprido.
Fernando José Salgueiro Maia.
Nasceu a 1 de julho de 1944, em Castelo de Vide, Portalegre. Filho de Francisco da Luz Maia, ferroviário e de Francisca Silvério Salgueiro, doméstica. Faleceu em Lisboa (Hospital Militar) a 3 de abril de 1992. Está sepultado no cemitério de Castelo de Vide.
Casado com Maria Natércia da Silva Santos, professora do ensino secundário (matemática), em Minde, a 20 de agosto de 1970.
Fez a instrução primária em S. Torcato (Coruche) e Tomar. O ensino secundário no Colégio Nun’ Álvares, em Tomar (1954–1961) e no Liceu Nacional de Leiria (1961–1963).
Ingressou na Academia Militar (6 de outubro de 1964); colocado para tirocínio na Escola Prática de Cavalaria, em Santarém (1 de fevereiro de 1967) como aspirante a oficial de Cavalaria. Promovido a alferes de Cavalaria por portaria de 10 de setembro de 1967, data a partir da qual ingressou nos quadros permanentes do Exército. Promovido a tenente em 23 de novembro de 1968; a capitão em 3 de dezembro de 1970, a major em 31 de agosto de 1981 e a tenente-coronel em 31 de outubro de 1988.
Licenciado em Ciências Políticas e Sociais pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (13 de setembro de 1979) e em Ciências Antropológicas e Etnológicas também pelo ISCSP (31 de julho de 1980).
Publicou: “Crónica dos feitos por Guidage ou os difíceis caminhos da Liberdade”, in História Contemporânea de Portugal, dir. João Medina, Vol. II (Estado Novo), pp. 242-248), Lisboa, 1985; A Tomada de Santarém Segundo Cristovam Ayres, Santarém, 1989; + Capitão de Abril: Histórias da Guerra do Ultramar e do 25 de Abril, Depoimentos, Lisboa, 1994.
Condecorações: agraciado com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade (1983); Agraciado a título póstumo com o grau de Grande Oficial da Ordem Militar da Torre e Espada (1992); Condecorado a título póstumo com a Medalha de Ouro de Santarém (2007).
Para saber mais:
Abreu, Paradela de (1984), Do 25 de Abril ao 25 de Novembro – Memória do Tempo Perdido, Paradela de Abreu, Lisboa, Intervenção.
Antunes, Ernesto Melo (1995), Conferências de Matosinhos – O 25 de Abril e o Portugal de Hoje. Matosinhos, Página a Página – Câmara Municipal de Matosinhos.
Avilez, Maria João (1996), Mário Soares – Ditadura e Revolução. Rio de Janeiro, Record.
Cruzeiro, Maria Manuela (2009), Vasco Lourenço do Interior da Revolução. Lisboa, Âncora.
Cunhal, Álvaro (1999), A Verdade e a Mentira sobre a Revolução de Abril. Lisboa, Edições Avante, Documentos Políticos do Partido Comunista Português – série especial.
Duarte, António de Sousa (2004), Salgueiro Maia – Fotobiografia. Lisboa, Âncora.
Duarte, António de Sousa (2014), Salgueiro Maia – Um Homem da Liberdade. Lisboa, Âncora.
Gonçalves, António Jorge, Letria, José Jorge (2014), Salgueiro Maia. O Homem do Tanque da Liberdade. Lisboa, Pato Lógico.
Mateus, Rui (1996), Contos Proibidos – Memórias de um PS Desconhecido. Lisboa, Dom Quixote.
Mota, José Gomes (1976). A Resistência. O Verão Quente de 1975. Lisboa, 1976, Edições jornal Expresso
Rosado, Moisés Cayetano (2021), Salgueiro Maia, Das guerras em África à Revolução dos Cravos. Lisboa, Edições Colibri.
Sousa e Castro, Rodrigo (2009), Capitão de Abril, Capitão de Novembro. Lisboa, Guerra e Paz.
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