Exposição «Primaveras Estudantis» inaugura a 10 de fevereiro na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra
No dia 10 de fevereiro, inaugura no Departamento de Física da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra a exposição «Primaveras Estudantis: da Crise de 1962 ao 25 de Abril», uma mostra que revisita a luta dos estudantes contra o Estado Novo e o seu papel na construção da democracia. A inauguração contará com a presença do comissário científico da iniciativa, Álvaro Garrido, que conduzirá uma visita guiada, proporcionando um olhar aprofundado sobre os movimentos estudantis que desafiaram a repressão do regime.
Esta mostra, uma iniciativa da Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril, que já passou por Évora, Covilhã, Paredes de Coura e Porto, resulta de uma adaptação da exposição original com o mesmo título, exibida anteriormente em Lisboa, no Museu Nacional de História Natural e da Ciência, entre março e setembro de 2022, e em Coimbra, no Convento São Francisco, entre dezembro de 2022 e março de 2023. Com curadoria científica de Álvaro Garrido e design expositivo de António Viana, a exposição destaca o impacto das mobilizações estudantis dos anos 60 e 70, que foram decisivas na formação política de várias gerações e no caminho para o 25 de Abril de 1974.
Tertúlias e palestras sobre a resistência estudantil no Departamento de Física da FCTUC
A par da exposição, decorrerá um ciclo de tertúlias e palestras organizadas pelo Departamento de Física da Universidade de Coimbra, refletindo sobre a memória e o impacto das lutas estudantis. A programação tem início no dia 11 de fevereiro, com a inauguração, onde estarão presentes Amílcar Falcão, Reitor da Universidade de Coimbra; Álvaro Garrido (FEUC), comissário científico da exposição; João Carvalho, Diretor do Departamento de Física; e Manuel Fiolhais, coordenador do projeto. Esta sessão será seguida da tertúlia «Primaveras de Ontem e de Hoje», que contará com a participação de Alberto Martins, antigo Presidente da Associação Académica de Coimbra (AAC), e Renato Daniel, estudante e antigo Presidente da AAC, com moderação de Clara Almeida Santos, professora de Comunicação, e Manuel Fiolhais, professor de Física.
No dia 20 de fevereiro, a tertúlia «Primaveras e Verões» reunirá Fernando Seabra Santos e João Gabriel Silva, ex-Reitores da Universidade de Coimbra, numa conversa moderada por Carlota Simões. Segue-se, no dia 27 de fevereiro, a palestra «Departamento de Física da UC: 50 Primaveras (1950-2000) e Outras Histórias», apresentada por Gilberto Pereira, Conservador do Museu da Ciência da Universidade de Coimbra. O ciclo encerra a 6 de março com a tertúlia «Primaveras Musicais», que contará com Rui Pato, médico pneumologista e músico de Zeca Afonso, e Tiago Nogueira, médico-cirurgião torácico e músico de Os Quatro e Meia, sob a moderação de Isabel Gouveia, da RUC – Rádio Universidade de Coimbra.
Onde e quando visitar a exposição
As sessões decorrerão na Sala Rómulo ou no anfiteatro C.1 do Departamento de Física da Universidade de Coimbra. A exposição estará patente no Departamento de Física da Universidade de Coimbra e pode ser visitada gratuitamente.
Para mais informações sobre a exposição «Primaveras Estudantis: da Crise de 1962 ao 25 de Abril» e como acolhê-la, consulte aqui.
Saiba mais sobre as lutas estudantis
Para promover um maior conhecimento sobre este importante capítulo da história de Portugal, a Comissão Comemorativa 50 Anos do 25 de Abril disponibiliza, no seu site, um dossiê histórico dedicado às lutas estudantis. Este conteúdo é de livre acesso e foi preparado por especialistas. Pode consultar o dossiê aqui.
Comemorações dos 50 anos do 25 de Abril
As Comemorações dos 50 anos do 25 de Abril tiveram início em março de 2022 e vão decorrer até 2026. Cada ano foca-se num tema prioritário, tendo como objetivo reforçar a memória e enfatizar a relevância atual destes acontecimentos na construção e afirmação da democracia.
O período inicial das Comemorações foi dedicado aos movimentos sociais e políticos que criaram as condições para o golpe militar. A partir de 2024, revisitam-se os três ‘D’ do Programa do Movimento das Forças Armadas (MFA), em iniciativas que evocam o processo de descolonização, a democratização e o desenvolvimento.
O ano de 2025 é dedicado às primeiras eleições livres.
