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No seu filme “The Girl Chewing Gum”, John Smith sobrepõe, a imagens captadas numa rua de Londres, uma voz que parece dar instruções para o que acontece. A movimentação da rua parece ser pré-determinada pelo artista. Ele manda as pessoas atravessarem a rua, os carros passarem ou os pássaros voarem.

Este espetáculo recria a experiência de Smith a partir de imagens do 25 de Abril de 1974, como se a revolução fosse a encenação de um artista. Para além de dar a conhecer os factos que garantiram a instauração de um regime democrático em Portugal, evidencia os mecanismos de construção ficcional e, designadamente, de construção de realidades manipuladas. A sobreposição da voz de comando a uma realidade que já aconteceu cria uma situação que é também propícia à “des-banalização” das próprias imagens. Uma forma de manter intensas as imagens do 25 de Abril de 1974.

O projeto tem consultoria de Joaquim Furtado, diretor- -coordenador de informação e programação da RTP durante vários anos, autor de séries documentais e o locutor que, na madrugada do dia 25 de abril de 1974, leu o primeiro comunicado do Movimento das Forças Armadas, no Rádio Clube Português.

criação, direção e texto Jorge Andrade / mala voadora
interpretação | José Neves
consultoria | Joaquim Furtado
cenário e figurino | José Capela
luz e direção técnica | João Fonte
edição vídeo | João Gambino
produção executiva | Inês Soares Lopes, Joana Mesquita Alves, Sofia Freitas
coprodução | Teatro Nacional D. Maria II, MAAT e Escher Theatre (Luxemburgo)

A classificar pela CCE

duração | 35 min

A mala voadora é uma estrutura financiada pela República Portuguesa – Cultura / DGArtes

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#50anos25abril