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Capa do Evento Exposição

“Do Cabo Zero à Liberdade” é uma exposição dedicada ao uso das telecomunicações e dos serviços de correios para a manutenção e conquista do Poder. A exposição é composta por peças que são testemunhos históricos de um período que vai de 1933 a 1994.

Durante esta linha temporal, Portugal foi dominado por uma ditadura, de 1926 a 1974, conquistou a democracia, com a Revolução de 25 de Abril de 1974, tendo atingido a normalidade democrática a partir de 1976, com a aprovação de uma Constituição e a adesão, em 1986, à Comunidade Económica Europeia, mais tarde União Europeia.

O valor estratégico das comunicações foi sempre manifestado pelos decisores políticos do Estado português ao longo das décadas invocadas. O que está em causa é a estratégia de controlo e moldagem da mensagem que tem como destino os cidadãos.

Um dos instrumentos de controlo dos cidadãos foi conseguido através da criação da polícia política do regime, que ganhou acesso ao “Cabo Zero”, um sistema de escutas de telefones de todas as tipologias de assinantes, que faz parte desta exposição. A arte filatélica também foi explorada como meio de propaganda do regime.

Com o começo da Guerra Colonial, em 1961, em Angola, que depois se estendeu aos outros territórios de África e Ásia colonizados por Portugal, foi criado o serviço de aerogramas, gerido pelo Movimento Nacional Feminino, que se tornou o principal meio de comunicação entre os soldados em campanha a as suas famílias.

A Revolução dos Capitães, desencadeada na noite de 24 de Abril, não poderia ter cumprido os seus objetivos sem um complexo sistema de comunicações militares, cujo plano também é apresentado nesta mostra.

A modernização tecnológica, profissional e sindical dos sectores das comunicações e dos correios, a partir de 1975, bem como a evolução da posse do capital social das empresas envolvidas são igualmente partilhadas nesta exposição.

A Fundação Portuguesa das Comunicações, em colaboração com a Estrutura de Missão para as Comemorações do 50º aniversário da Revolução de 25 de Abril de 1974, contribui com esta exposição para preservar a nossa identidade social, entendida como a construção de laços sociais e afetivos de união que devem perdurar para sempre.

Entrada gratuita.

#50anos25abril