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A exposição Pré/Pós – declinações visuais do 25 de Abril é uma das muitas iniciativas que vão assinalar os 50 anos da Revolução em Serralves. Comissariado por Miguel von Hafe Pérez, este projeto pretende investigar as tensões, as contradições e os movimentos paradoxais que marcam os períodos imediatamente anteriores e posteriores à Revolução.

As mais de trezentas obras previstas para esta exposição não tentam refletir o que de melhor se terá produzido no âmbito estrito das artes visuais em Portugal no período tratado, antes mostrar e redescobrir trabalhos que sinalizam uma produção cultural atenta à realidade, interveniente e onde múltiplas plataformas de propaganda, contestação e sensibilização popular são utilizadas por artistas; nesse contexto a exposição vai desdobrar-se no espaço da Biblioteca onde serão mostrados documentos gráficos, múltiplos, edições especiais, manuscritos e iconografia associada ao período proveniente de arquivos como a Fundação Mário Soares, a Associação 25 de Abril, o Centro de Documentação 25 de Abril da Universidade de Coimbra, o arquivo Ephemera, a coleção da Galeria 111, a coleção Daniel Isidoro, o acervo Ernesto de Sousa e o arquivo do Partido Comunista Português (entre outros).

Assim, de 1970 a 1977, procurar-se-á registar como o universo das artes (essencialmente nas artes visuais, mas também no cinema, na arquitetura, nas artes performativas e no próprio pensamento crítico) potenciou, rebateu ou simplesmente refletiu o turbilhão de experiências e sentimentos que terão conduzido ao processo revolucionário e como este se desenvolveu entre o entusiasmo utópico e a apreensão contida.

Apresenta-se em paralelo à exposição um grupo de intervenções e performances, de autoria de artistas visuais e performativos que vivenciaram ou foram herdeiros do contexto artístico, histórico, político e social que a exposição propõe rememorar e refletir. Este grupo de propostas propõe perspetivar as influências e repercussões que o período, imediatamente anterior e posterior à Revolução de 1974, produziu na comunidade artística em Portugal.

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#50anos25abril