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Pedro do Carmo, Lluïsa Paredes e Eva Aguilar (Os Violoncelos de Zeca Afonso) irão apresentar o seu projeto «Zeca Afonso – Estudos Musicais para dois violoncelos» no espaço Lisboa Incomum, dia 16 de Abril, pelas 19h00. Num concerto-comentado, serão interpretados e analisados os arranjos de 10 canções de Zeca Afonso para dueto de violoncelos.

Este projeto visa fundir o legado musical de Zeca Afonso com a herança histórica do violoncelo, a partir dos ensinamentos do violoncelista e Paulo Gaio Lima. A sua vontade era tocar e disseminar a música de José Afonso de uma forma global – contando quem foi Zeca e porque lutou Zeca- mas sempre pedagógica, que pudesse incluir na sua prática musical do dia a dia enquanto professor de violoncelo. O facto destes arranjos serem duetos para violoncelo é a sua inspiração na prática dos antigos mestres violoncelistas que, ao comporem estudos para os seus alunos, incluíam uma segunda voz de acompanhamento, tocada pelo próprio mestre (num fraterno gesto de apoio para com o aluno, no momento de grande pressão característico da performance).

Estes arranjos são assim pensados como “Estudos” (peças musicais que abordam uma certa técnica instrumental, com o objetivo de adquirir o seu domínio), mas que vão além da técnica, para que possam traduzir os valores de Abril presentes na música de José Afonso: A consciência do nosso legado e papel cultural; a responsabilidade de defender valores maiores que o indivíduo; uma noção coletiva da música e da arte, independentemente da origem ou condição.

 

«Zeca Afonso – Estudos Musicais para dois violoncelos» é um dos 45 projetos apoiados pelo programa «Arte pela Democracia», uma iniciativa da Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril em parceria com a Direção-Geral das Artes.

O Programa «Arte pela Democracia» promove projetos artísticos que se enquadrem nas Comemorações dos 50 anos do 25 de Abril e que contribuam para a reflexão sobre a relevância deste acontecimento na construção da democracia.

É dirigido a projetos artísticos nas áreas das artes visuais (arquitetura, artes plásticas, design, fotografia e novos media); artes performativas (circo, dança, música, ópera e teatro); artes de rua; e cruzamento disciplinar.

A primeira edição, lançada em 2023, teve uma dotação orçamental de um milhão de euros. Selecionou um total de 45 projetos, que abrangem todo o país.

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#50anos25abril