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Corpo ditatorial, corpo religioso, corpo colonial, corpo família. A opressão é um corpo. Um processo vital. A opressão é interna, anatómica, estrutural. A opressão integra-se, aloja-se, incorpora-se, comprime órgãos, músculos, torna-se corpo, o corpo, vital, como se de um novo órgão se tratasse, ou de um órgão que sempre existiu, sem nos darmos conta, parte integrante. A opressão é uma rotina ancestral. Oprimidos, oprimem. O antes e depois confunde-se, esquece-se. Opressores – somes todes.

FLÓBÉR é uma performance interdisciplinar e ativista de índole autobiográfico, que aborda a proliferação de crenças e práticas ditatoriais e coloniais na família e sociedade contemporânea. Cruza teatro, dança, sonoplastia e filme, para explorar o conceito de “opressão internalizada”. A opressão internalizada ocorre quando um grupo oprimido aceita os métodos e incorpora a ideologia opressiva de um grupo opressor, contrária ao seu próprio interesse. Esta performance enfrenta as questões: Quando é que nos tornamos no nosso próprio opressor? Quando é que nos tornamos no opressor de outres? FLÓBÉR explora as perspectivas de 2 corpes branques, queer e não bináries, ume português e ume estadunidense, estabelecendo um paralelismo entre as tradições opressivas de Portugal e dos EUA.

FICHA TÉCNICA
Criação, Sonoplastia e Performance: Telmo Branco
Performance e co-dramaturgia: Ren Mauney
Gestão financeira: ORG.I.A – ORGANIZAÇÃO, INVESTIGAÇÃO E ARTES – ASSOCIAÇÃO
Vídeo: Vitor Hugo Costa / Metafilmes e Telmo Branco
Fotografia: Sara Corvo e Telmo Branco
Em colaboração com: Goethe-Institut Lisboa, Teatro Papa Légua, Esmae – IPP, Armazém 8 e Panteras Rosa
Apoio à residência: Polo Cultural Gaivotas / Boavista e Estúdios Victor Córdon
Apoios: República Portuguesa – Cultura / Direção-Geral das Artes e Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril, Apoio Fundação GDA e Apoio DISTANZEN Solo – Dachverband Tanz Deutschland und NEUSTARTKULTUR
Agradecimentos: Filipa Matta, Julia Klein e Sergio Vitorino

«FLÓBÉR» é um dos 45 projetos apoiados pelo programa «Arte pela Democracia», uma iniciativa da Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril em parceria com a Direção-Geral das Artes.

O Programa «Arte pela Democracia» promove projetos artísticos que se enquadrem nas Comemorações dos 50 anos do 25 de Abril e que contribuam para a reflexão sobre a relevância deste acontecimento na construção da democracia.

É dirigido a projetos artísticos nas áreas das artes visuais (arquitetura, artes plásticas, design, fotografia e novos media); artes performativas (circo, dança, música, ópera e teatro); artes de rua; e cruzamento disciplinar.

A primeira edição, lançada em 2023, teve uma dotação orçamental de um milhão de euros. Selecionou um total de 45 projetos, que abrangem todo o país.

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#50anos25abril