Projeto artístico intergeracional apresenta mural de Abril no Festival Marginal, em Viana do Castelo
O projeto «Conta-me Histórias», desenvolvido pelo Centro Artístico A Casa ao Lado com o apoio da Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril e do Município de Viana do Castelo, colocou em diálogo gerações nascidas em ditadura e gerações nascidas em liberdade para refletirem sobre os valores de Abril.
Esta iniciativa fomenta a interação e o diálogo entre os que nasceram em ditadura e os que nasceram em liberdade, transformando essas reflexões em imagens gráficas originais. Este projeto intergeracional marca agora presença no Festival Marginal, que decorreu entre 4 e 7 de julho e volta a abrir portas entre os dias 11 e 14. Todos os trabalhos realizados no âmbito do projeto “Conta-me Histórias” estarão em exposição durante o Festival. A entrada é livre.
Stencil, desenho e ilustração para refletir sobre Abril
Um painel de 7 metros criado por 18 membros da Associação Sénior de Barroselas foi o pano de fundo para a participação dos mais jovens na iniciativa: 100 alunos do 2.º ciclo do concelho tiveram contacto com técnicas de stencil e de ilustração, e foram desafiados a interpretar o mural, refletindo sobre os valores de Abril.
Depois do Festival, o painel será instalado na sede da Associação Sénior de Barroselas.
«Conta-me Histórias» em Leiria
O primeiro mural deste projeto pode ser visto em Leiria, junto ao Mercado Municipal. Envolveu 15 pessoas, reunindo alunos do ensino secundário, nascidos em liberdade, e participantes que ainda viveram em ditadura. Os participantes participaram em diferentes oficinas artísticas e foram autores da pintura mural.
A próxima cidade a acolher a iniciativa será Serpa, em setembro.
Comemorações dos 50 anos do 25 de Abril até 2026
As Comemorações dos 50 anos do 25 de Abril tiveram início em março de 2022 e vão decorrer até 2026. Cada ano foca-se num tema prioritário, tendo como objetivo reforçar a memória e enfatizar a relevância atual destes acontecimentos na construção e afirmação da democracia.
O período inicial das Comemorações foi dedicado aos movimentos sociais e políticos que criaram as condições para o golpe militar. A partir de 2024, revisitam-se os três ‘D’ do Programa do Movimento das Forças Armadas (MFA), em iniciativas que evocam o processo de descolonização, a democratização e o desenvolvimento.
