A luta da TAP tem raízes anteriores ao 25 de Abril e é retomada logo após o golpe militar. No dia 2 de maio a Comissão Sindical da TAP apresenta à JSN as suas reivindicações: destituição do conselho de administração, saneamentos, escolha pelos trabalhadores das chefias, investigação dos acontecimentos de julho de 1973 e readmissão dos trabalhadores despedidos sem justa causa.
O PCP vai criticar duramente a greve e aqueles que designava como «esquerdistas», um sector mais radicalizado alinhado com a extrema-esquerda.
No dia 26 de agosto, os trabalhadores da Divisão de Manutenção de Engenharia (DME) paralisam o trabalho. O ministro do Trabalho, Costa Martins, procura demover os trabalhadores de avançar com a greve, que o Primeiro-Ministro Vasco Gonçalves condenara. Falhada a via do diálogo, segue-se a ocupação militar do aeroporto e o enquadramento militar dos trabalhadores, assim sujeitos à disciplina e foro militar.
A greve termina no dia 28 com a ocupação das instalações por tropas do COPCON, comandos, para-quedistas e Polícia Militar, numa ação apoiada pelo governo, o PS e o PCP.
A 17 de setembro, os trabalhadores ameaçam avançar com a paralisação total dia 24 caso as tropas não retirassem e o caderno reivindicativo não fosse satisfeito.
O governo responderá com o reforço da presença militar e, após o arranque da greve, com o despedimento de cerca de 200 trabalhadores da DME à luz do Regulamento de Disciplina Militar.
A ocupação militar termina no início de outubro e a grande maioria dos trabalhadores, entretanto despedidos, são readmitidos.