Skip to main content
Informação 22/73, Sindicato dos Bancários do Porto, 22 de Maio de 1973. Fonte: ANTT, PIDE-DG

No contexto da governamentalização dos sindicatos, a questão da filiação internacional e a participação em reuniões sindicais internacionais não se colocava. E mesmo se assim não fosse, nenhuma organização internacional consideraria os sindicatos corporativos legítimos representantes dos trabalhadores portugueses.

Panfleto do Sindicato dos Bancários de Lisboa de apelo à unidade de classe, [1973]. Fonte: ANTT, PIDE-DGS
Informação 19-73, Sindicato dos Bancários de Lisboa. Fonte: ANTT, PIDE-DGS

Quando, já no Marcelismo, as listas anti-corporativas começaram a conquistar as direcções dos sindicatos, organizações como a Federação Sindical Mundial (FSM), patrocinada pela União Soviética, e a Confederação Mundial do Trabalho (CMT) concederam auxílios aos grevistas portugueses. Outras foram muito activas em demonstrações públicas de solidariedade para com os trabalhadores portugueses presos, como foi o caso da Confederação Internacional dos Sindicatos Livres (CISL), que marcou presença na defesa de Daniel Cabrita, preso no Verão de 1971. Adicionalmente, todas estas três centrais sindicais mundiais denunciaram abertamente o Governo português junto da Comissão dos Direitos Humanos das Nações Unidas e da Organização Internacional do Trabalho (OIT), exigindo a libertação dos presos políticos e o respeito pelos direitos sindicais.

#50anos25abril