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Com data de 1 de Outubro de 1970, é enviada a 19 sindicatos uma convocatória para uma reunião intersindical, a ter lugar na sede do Sindicato dos Bancários de Lisboa, no dia 11 desse mês.
A convocatória, assinada pelos Sindicatos dos Lanifícios, Metalúrgicos e Caixeiros de Lisboa, além do sindicato anfitrião (tendo também participado nas reuniões preparatórias elementos do Sindicato da Propaganda Médica), é considerada o acto fundador da Intersindical.

A primeira reunião intersindical coincidiu temporalmente com o período em que o regime deu por encerrada a fase de liberalização, o que transformaria as reuniões intersindicais em fóruns de contestação às tentativas de voltar a governamentalizar a actividade sindical nos seus mais variados aspectos: eleições, negociação colectiva e arbitragem, publicações, suspensão de dirigentes sindicais e nomeação de comissões administrativas.
A onda de contestação suscitada a partir das reuniões levou os governantes a advertir os organizadores de que a atividade sindical devia manter-se politicamente neutra e «não podia exceder os limites da ação sindical admitida pelo Governo».

Com data de 1 de Outubro de 1970, é enviada a 19 sindicatos uma convocatória para uma reunião intersindical, a ter lugar na sede do Sindicato dos Bancários de Lisboa, no dia 11 desse mês.
A convocatória, assinada pelos Sindicatos dos Lanifícios, Metalúrgicos e Caixeiros de Lisboa, além do sindicato anfitrião (tendo também participado nas reuniões preparatórias elementos do Sindicato da Propaganda Médica), é considerada o acto fundador da Intersindical.

A primeira reunião intersindical coincidiu temporalmente com o período em que o regime deu por encerrada a fase de liberalização, o que transformaria as reuniões intersindicais em fóruns de contestação às tentativas de voltar a governamentalizar a actividade sindical nos seus mais variados aspectos: eleições, negociação colectiva e arbitragem, publicações, suspensão de dirigentes sindicais e nomeação de comissões administrativas.
A onda de contestação suscitada a partir das reuniões levou os governantes a advertir os organizadores de que a atividade sindical devia manter-se politicamente neutra e «não podia exceder os limites da ação sindical admitida pelo Governo».

A contestação dos sindicatos relativamente à nomeação governamental dos representantes portugueses à 56.ª sessão da Conferência da Organização Internacional do Trabalho (OIT) levou a que, a 26 de Junho de 1971, as reuniões entre sindicatos fossem formalmente proibidas.

A partir desse momento, e até 25 de Abril de 1974, as reuniões intersindicais tornar-se-iam semi-clandestinas. Foi durante este período que o PCP reforçou a sua influência nas reuniões intersindicais, não só em consequência de uma maior presença nos sindicatos, mas também devido a uma crescente adesão de sindicalistas ao partido.

A repressão contra os seus dirigentes e as dificuldades de funcionamento criadas pelo Governo contribuíram para que as reuniões intersindicais se tenham mantido sempre com um baixo grau de institucionalização até ao derrube da ditadura.

Comunicado das Reuniões Intersindicais à imprensa denunciando a repressão contra os caixeiros de Lisboa que reclamavam a semana das 44 horas junto ao Palácio de São Bento, em Lisboa, Março de 1971.Fonte: ANTT, PIDE-DGS
Convocatória e ordem de trabalhos para reunião intersindical em 18 de Abril de 1971, Lisboa, 6 de Abril de 1971.Fonte: ANTT, PIDE-DGS

#50anos25abril